sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Contra a padronização visual




A coisa é muito mais grave do que se pensa. Mas como o Brasil é recente, o país não existia quando o povo troiano foi rendido pelos soldados espartanos, entre 1300 e 1200 antes de Cristo, depois de admirar um fabuloso Cavalo de Tróia, de onde os soldados se escondiam em emboscada.

Por isso, a padronização visual dos ônibus cariocas é vista pelos incautos como algo maravilhoso e eles, que acusam os opositores de "infantis", cometem a criancice de acreditar que o visual padronizado trará renovação de frota, ônibus mais rápidos e mais disciplina no trato do transporte coletivo.

Vendo as duas fotos em questão, ligadas ao consórcio Internorte, dá para perceber que a confusão visual não é coisa de gente malcriada e desinformada. Pelo contrário, torna-se fato, torna-se uma realidade concreta, e nem todo mundo tem a capacidade de ouro dos busólogos em reconhecer empresa e linha de ônibus dentro do visual uniformizado.

Pelo contrário, os ônibus fardados irão confundir ainda mais o passageiro comum, que terá dificuldades de reconhecer um ônibus de longe.

As duas fotos em questão mostram os ônibus da Viação Acari e Viação Vila Real, ambas do consórcio Internorte. Nas fotos, os referidos ônibus - do mesmo modelo CAIO Apache VIP 2 da CAIO/Induscar - são destinados respectivamente às linhas 667 Madureira / Méier e 669 Pavuna / Méier.

No Méier, fica fácil pegar os ônibus, porque o 667 tem ponto no terminal Arquiteto Gelton Pacciello da Motta, próximo à Rua Dias da Cruz, e o 669 tem ponto no terminal Américo Ayres, próximo à Rua Arquias Cordeiro. Os terminais ficam em lados diferentes da ferrovia.

No entanto, quem estiver na altura de Madureira, próximo ao largo, fundirá a cuca quando vir os dois ônibus circulando na altura do Viaduto Prefeito Negrão de Lima, porque não há diferença visual alguma. A confusão será inevitável, sobretudo quem quiser ir para um lado do Méier e não de outro. Se o sujeito quiser ir para a Abolição e pegar o 667, quebrará a cara. O mesmo no caso inverso, quando o sujeito quiser ir para o Encantado e pegar o 669.

Não adiantarão bandeiras mais legíveis nem qualquer outro mecanismo. Tem muito passageiro ocupado com sua vida, ele nem sempre tem tempo de observar qual a empresa de ônibus que está chegando.

O projeto de Eduardo Paes está fadado ao fracasso, mesmo. Periga até voltar a diversidade visual dos ônibus de Curitiba, tamanha a repercussão que isso trará.


FONTE: menosaltomoveis.blogspot.com

3 comentários:

  1. Boa Tarde!
    Gostaria de saber como fica a Feital/ Padre Miguel, se ela está fora dos consorcios do Rio de Janeiro.
    E onde foram parar as linhas Rio da Prata - Canto do Rio (Jesuitas)e a Itaguai - Marechal.
    A população é quem perde com isso!

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  2. Olá Silmo, gostaría primeiramente pedir desculpas pela demora em que tive em responder sua dúvida, mas vamos ao assunto:
    - A Feital (Padre Miguel), embora não tenha colocado nenhum adesivo com o nome de conserciosária, ela está no consórcio Santa Cruz.
    As linha intermunicipais, são uma questão muito complicada de se falar, pois muitas linhas foram repassadas, algumas mudaram de numeração e outras de intinerário.
    VIACAOFEITAL.BLOGSPOT.COM

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  3. É MAS A PADREMIGUEL(FEITAL) DEVERIA VOLTAR SIM COM AS LINHAS INTERMUNICIPAIS!! ISSO DARIA A EMPRESA CONDIÇOES DE UMA NOVA EVOLUÇAO !!!ETALVES SE INVESTISSE NA LIGAÇAO ENTRE ALGUNS BAIRROS DE NILOPOLIS E O BAIRROS DE JAPERI, BELFORDE ROXO,COROA GRANDE...SERIA BOM!!!VEICULOS MICROS ESTILO OS DA VIAÇAO EXPRESSO MANGARATIBA TALVES

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